O portal Eco Amazônia encerra, hoje, 01 de dezembro de 2011, definitivamente as suas atividades. Depois de seis anos no ar, mais de seis mil notícias publicadas, o site vai deixar de ser publicado, encerrando a publicação de notícias e informações sobre a Amazônia, especialmente sob uma perspectiva econômica e socioambiental.
A idéia de um site com notícias sobre a Amazônia numa ótica da economia e do setor produtivo surgiu em novembro de 2005, por iniciativa do jornalista Paulo Leandro Leal, na época editor-chefe do Jornal de Santarém e Baixo Amazonas. O site começou inicialmente com o nome de pauloleandroleal.com e começou a ser bastante acessado, especialmente no oeste do Pará.
No ano seguinte, o site passou a se chamar ecoamazonia.com.br, com um visual mais profissional e com a publicação de um maior número de notícias e uma cobertura mais ampla. Aos poucos, o número de acesso foi aumentando, chegando à média de mais de 15 mil visitas diárias. Um bom número para a região.
O Eco Amazônia ficou conhecido por se posicionar de forma firme em defesa do setor produtivo da Amazônia, especialmente alguns segmentos da economia que nos últimos anos passaram a sofrer uma brutal perseguição de organizações não governamentais ambientalistas e com ações repressivas do Estado.
O site defendeu, publicando notícias e informações verdadeiras, produtores de grãos em Santarém, empresas do setor florestal paraense, grandes projetos de mineração implantados no Pará e, mais recentemente, a construção de Belo Monte. E denunciou o ativismo ambiental que têm, como objetivo principal, o impedimento do desenvolvimento de atividades produtivas na Amazônia e a construção de obras estruturantes.
De acordo com o diretor do site, Paulo Leandro Leal, o Eco Amazônia nunca quis ser um portal de notícias comum, que se diz imparcial. “Sempre defendemos de forma intransigente o desenvolvimento da Amazônia e denunciamos as informações falsas difundidas por ambientalistas mal intencionados”, diz o jornalista.
Para Paulo Leandro Leal, no entanto, esta defesa enfática colocou o site na linha de tiro de procuradores e militantes ambientais. “Sofremos vários processos judiciais e, o que é pior, as empresas não anunciavam no site com medo, pois apesar de concordar com o que publicávamos, não queriam se indispor com o movimento ambientalista”, analisa o jornalista, avaliando que isso dificultou a captação de anunciantes.
Para Paulo Leandro, o projeto foi importante e positivo, especialmente num momento em que a maioria esmagadora das publicações existentes na internet se limita a reproduzir conteúdo produzido por entidades ambientalistas, muitas vezes bem distante da realidade amazônica. “Conseguimos quebrar paradigmas e, o que é melhor, contribuímos para desmascarar muitas farsas e mentiras. Por isso valeu tanto a pena”, diz Paulo Leandro Leal.
O jornalista diz que o site sai do ar, mas a empresa Eco Amazônia continua existindo e já possui novos projetos de publicações, que podem ser lançadas no próximo ano. “Estamos analisando o lançamento de publicações impressas na região de Altamira a também na Internet. Temos alguns projetos prontos e acredito que em 2012 vamos colocar em prática”, finaliza.
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