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3 de mar. de 2014

Empresários aprovam atrativos turísticos de Monte Alegre

“Este com certeza é um destino que podemos considerar top, que realmente possui um potencial muito grande de atrair aquele viajante que não quer ir para um local já consolidado na rota turística”. A análise é do empresário Gelderson dos Anjos, um dos convidados para participar do famtour (tour de familiarização) realizado de 17 a 21 de fevereiro no município de Monte Alegre, região Oeste do Pará. A iniciativa de levar dos empresários é parte do projeto “Almeirim Sustentável: um novo paradigma de município verde”, do Instituto Floresta Tropical (IFT) em parceria com Instituto Peabiru e patrocínio do Fundo Vale.

Um dos locais mais completos de Ecoturismo da Amazônia, o município possui atrativos desconhecidos até mesmo para quem mora no Pará. E foi para mostrar as belezas naturais e culturais do município e comunidades do entorno do Parque Ambiental de Monte Alegre (PEMA), que a comitiva composta por empresários, formadores de opinião e representantes de órgãos governamentais visitou o local. “Nossa ação colabora para transformar o local em um importante destino turístico. Certamente quem for a Santarém e Alter do Chão também deveria vir a Monte Alegre”, explica o coordenador do projeto Almeirim Sustentável no Instituto Peabiru, Richardson Frazão.

E atrativos não faltam. São pontos que deslumbram o turista com a riqueza histórica embutida nas artes rupestres pré-colombiana com mais de 10 mil anos pintadas em paredões de rocha localizados no topo das serras que compõem a paisagem do PEMA. Vistas únicas para um distante horizonte que proporcionam uma vista exclusiva do Rio Amazonas, cachoeiras e um grande conjunto de formações geológicas, que juntamente com a imersão do turista no dia a dia das comunidades próximas, com a oportunidade de conhecer a cultura e culinária local, fazem de Monte Alegre um destino com grandes chances de entrar na rota das empresas de turismo exótico e de aventura.

BENEFÍCIOS PARA COMUNIDADES - No entanto, é no benefício para as comunidades que vivem no entorno do Parque que mora o principal objetivo da realização do famtour e do fortalecimento da região como um destino turístico. A geração de renda complementar a partir do ecoturismo, o fortalecimento da organização social local e a chance de aproveitar todos os ganhos que o turismo pode proporcionar, é o motivo que está por trás da iniciativa.

“No ano passado as comunidades participaram de oficinas e cursos de formação para a construção roteiros e outros negócios voltados para o turismo. A ideia é proporcionar uma geração de renda complementar. No final, queremos que as ações fortaleçam as capacidades humanas locais e a melhoria da organização social”, lembra Richardson.

Um das ações foi a capacitação de “Agentes de Ecoturismo de Monte Alegre”, realizada pelo Instituto Peabiru, com patrocínio da Tam Linhas Aéreas S/A, no segundo semestre de 2013.  “Eu tava muito ansioso para que chegasse o momento desse famtour. Nós participamos de oficinas e quem nos deu esse ensinamento quer ver o que aprendemos. Acredito que tudo deu certo, apesar de termos pontos a melhorar, claro”, comenta Magno Roberto, 28 anos, condutor de atrativos naturais da comunidade do Ererê.

“Vejo que a principal transformação aqui na comunidade foi a valorização da cultura local, o que tava meio esquecido. Então a gente tá nesse processo de resgatar a nossa história, pra ter como socializar com as pessoas que vem praticar o turismo na região. Isso principalmente entre os jovens”, relata Magno.

Para Patrícia Messias, Gerente da APA Pay-Tuna e do PEMA, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), a consolidação da região como polo turístico passa justamente pelo fortalecimento das comunidades. “O potencial turístico da região existe, não é algo novo. O que é novo é esse trabalho com as comunidades, essa união entre os órgãos públicos, o terceiro setor e o setor privado para tornar Monte Alegre um destino na rota do turismo nacional e mundial. E a expectativa é isso se fortaleça. Daí a importância d as comunidades se prepararem para que não se sintam fora do processo. E isso é algo que já estamos fazendo há algum tempo em parceria com o Peabiru e outras instituições”, explica Patrícia.

Sobre o Instituto Peabiru – Com a missão de valorizar a diversidade cultural e ambiental e apoiar processo de transformação social na Amazônia, o Instituto Peabiru é uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) que busca facilitar o desenvolvimento social através de ações participativas junto aos públicos de interesse.

Desta forma, há 15 anos o Instituto Peabiru atua na Amazônia Oriental, em especial o Pará e o Amapá, e trabalha como facilitador para que comunidades e organizações da sociedade civil local alcancem maior capacidade de agir, reclamar os seus direitos e exercitar sua completa cidadania.

Com sede na capital paraense, Belém, e escritórios em Ponta de Pedras, no Marajó, o Instituto Peabiru realiza projetos e iniciativas com o desafio de construir relações duradouras que proporcionem um caminho de desenvolvimento local, responsabilidade socioambiental corporativa e cadeias de valor inclusivas junto ao público de interesse da OSCIP. São públicos de interesse as populações rurais, especialmente os povos e comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas, bem como organizações da sociedade civil e empresas atuantes no território.

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