28 de out. de 2012
O Brasil e a energia limpa
Paulo Leandro Leal
No momento em que assistimos a uma grande campanha internacional para tentar impedir a construção de usinas hidrelétricas no Brasil, somos informados de que nosso País não aparece na lista dos dez países com matriz energética mais poluidora do planeta. É o que aponta um atlas da poluição mundial divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O mapa usa dados da agência norte-americana especializada em análise energética (EIA). A grandeza de cada país é representada de acordo com as emissões de gás carbônico produzidas pela geração de energia, e não por seu tamanho real no mapa. China (com 7.711 milhões de toneladas), Estados Unidos (5.425 milhões de toneladas) e Índia (1.602 milhões de toneladas), lideram o ranking de maiores poluidores do planeta.
O estudo aponta que o Brasil, com 420 milhões de toneladas, é apenas o 14º na lista geral, ficando atrás de todos os países emergentes ou em desenvolvimento. Se considerarmos o tamanho da nossa economia, a vantagem sobre os outros países é ainda maior. Caminhamos para ser a quinta economia do mundo e mantemos uma matriz energética com baixo índice de emissão de gases causadores do efeito estufa e mudanças climáticas.
Diante de tal comprovação, cabe então a pergunta: porque tantas organizações internacionais se uniram em uma campanha bilionária contra a construção de novas usinas hidrelétricas no Brasil? Vale informar que por ter deixado de investir pesado na construção de novas usinas nas últimas décadas, o Brasil hoje é obrigado a usar um grande número de usinas tocadas a diesel ou carvão, altamente poluidoras.
É fácil aderir ao discurso influente e afirmar que as usinas hidrelétricas são um desastre ambiental, desrespeitam direitos de populações tradicionais e são desnecessárias, enquanto o Brasil aumenta a participação de fontes sujas na sua matriz energética. Tudo isso considerando que não aproveitamos ainda nem a metade do nosso potencial hidrelétrico. Só nos resta pensar que existe um grande complô internacional contra o Brasil.
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