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14 de mai. de 2014

Grupo aguarda resposta do estado sobre pesquisa no Rio Tapajós

Luana Leão
Do G1 Santarém

O grupo formado por jornalistas, professores, estudantes e outros profissionais, que iniciou uma movimentação no dia 14 de janeiro em Santarém, oeste do Pará, ainda aguarda uma resposta do governo do Estado sobre o custeio de uma pesquisa para verificar o grau de contaminação do Rio Tapajós, ainda aguarda uma resposta. A mobilização iniciou com a coleta de assinaturas em uma petição pública, que também foi feita pela internet.

A carta-petição pública foi assinada por mais de 1.700 pessoas e entregue ao vice governador do estado, Helenilson Pontes, em fevereiro deste ano. Passado três meses, segundo conta um dos integrantes do grupo, o jornalista e pesquisador Manuel Dutra, houve apenas uma sinalização por parte do governo: em meados de março, o secretário estadual de Meio Ambiente (Sema), José Alberto Colares, informou a Dutra que estava preparando uma minuta da resposta que seria dada pelo governador Simão Jatene nos próximos dias. À época, o secretário adiantou que já tinha feito contato com a reitora da Universidade Federal do Oeste do Pará  (Ufopa), Raimunda Monteiro, para que uma equipe da universidade execute a pesquisa, podendo também ter a participação de pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) ou do Instituto Evandro Chagas, sediados em Belém, segundo divulgou Dutra.

Até o momento, nem a minuta de reposta, nem o deferimento pela pesquisa por parte do governo estadual ocorreram. Segundo o jornalista, após o contato com o secretário de Meio Ambiente do estado, “não foi dito mais nada”, assegura Dutra.

Em contato com a assessoria do vice governador, o G1 foi informado que o documento foi encaminhado aos setores responsáveis por esse tipo de projeto da Sema e à comissão de planejamento do governo. O G1 ainda aguarda um posicionamento sobre a aceitação do governo em custear a pesquisa.
Entenda

A suspeita, segundo o grupo, é de que o rio esteja sendo contaminado por produtos químicos decorrentes de trabalhos em garimpos e da mineração industrial. Segundo pesquisadores, na década de 1980, quando aproximadamente 500 mil pessoas se dedicavam à atividade garimpeira na região, toneladas de barro e mercúrio foram despejados contaminando as águas do Rio Tapajós.

Segundo Dutra, há um antecedente que reforça essa teoria. “Há 25 anos, o Tapajós ficou cheio de lama, peixes foram contaminados e pessoas adoeceram. As praias ficaram amareladas. As pessoas não podiam cair na água porque ficavam com o corpo cheio de coceira”.

A ideia é que pesquisadores da UFPA e da Ufopa colham amostras de vários pontos do rio e façam os testes de laboratórios necessários para traçar um diagnóstico, com os custos bancados pelo governo do estado. Este é o primeiro passo. Caso seja constatada qualquer anormalidade, outras atitudes serão tomadas.

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