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18 de jun. de 2014

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA É MAIS BARATO QUE CONSTRUIR GRANDES USINAS HIDRELÉTRICAS

Pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) constatou que a eficiência energética é mais barata que qualquer outra fonte de geração energia, ao comparar com o custo da expansão da matriz energética.

Enquanto é possível “gerar” 1 megawatt-hora (MWh) a partir da eficiência por R$ 60, o mesmo 1 MWh gerado a partir de recursos hidráulicos custa R$ 120. Se comparado ao valor da implantação de projetos geração de energia elétrica, a eficiência energética tem um custo de R$900 mil para cada MW enquanto Belo Monte tem um custo de R$ 1,7 milhão. A partir de térmicas a carvão a diferença é ainda maior chegando a 400%.

“O custo da energia é fator determinante para a competitividade e desenvolvimento da indústria. E se levarmos em consideração que o preço da tarifa de energia elétrica já têm reajustes aprovados para 2014 para os consumidores industriais e comerciais bem acima da inflação - de 2012 a 2014 a inflação oficial está em cerca de 11%, enquanto os reajustes tarifários em 24% - reduzir o consumo torna-se imprescindível. Ainda mais que mesmo com a realização Leilão A-0 realizado no fim de abril, o preço das tarifas no mercado regulado para os próximos cinco anos ficará de 10 a 30% acima da inflação”, explica Rodrigo Aguiar, presidente da Abesco.

A crise do setor elétrico brasileiro tem atingido todos os segmentos, da geração à distribuição de energia. Enquanto durante o primeiro trimestre de 2014 o país batia recordes de consumo de energia elétrica, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) registrou um aumento de 6% em comparação ao mesmo período do ano passado, o Governo Federal se viu obrigado a aprovar a liberação de empréstimo no valor de R$ 11,2 bilhões às distribuidoras com o objetivo de cobrir os custos dessas empresas com a compra de energia mais cara, decorrente da exposição involuntária no mercado de curto prazo e do uso de energia térmica para suprir o aumento expressivo da demanda.

Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que os atrasos dos projetos já homologados não contribuem para a melhoria do cenário. Mais de 30% da geração prevista para os próximos seis anos (42,5 mil MW) está comprometida.

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